domingo, 21 de dezembro de 2008

Por Michel Melamed

"...Nenhum amor é incondicional. Então, acreditar na incondicionalidade do amor é, decididamente, precipitar o fim do amor. Pq você acha que esse amor aguenta tudo, então, de um jeito ou de outro, você acaba fazendo esse amor passar por tudo. Na-da nessa vida é assim... Aí você fala que esse amor não tem fim para que o fim então comece. Um grande amor não é possível! E talvez por isso seja grande. Então assim, nele, obrigatoriamente, pode caber também o impossível mas, quem acredita? Quem acredita no impossível se não apaixonadamente como a um Deus, in-con-di-cio-nal-men-te?!"


ouvindo: Manacá

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Histórias de cada um.

“Quanto mais sabemos lidar com o sofrimento, mais bonitos nos tornamos”, escrevi outro dia no meu diário, não sei por quê. A cada dia, quando acordo, pinto um novo auto-retrato.


Roubando um pouco da Cris (www.parafrancisco.blogspot.com) para me definir tbm.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

"Eu sei, tudo pode acontecer..."


Aqueles mesmos planos e sonhos que antes me questionavam tanto, hoje me desconsertam pelo simples fato de não serem mais tudo o que trago comigo. Sinto falta da presença, de me sentir confortável ao perceber que o mundo me esperava e que meus objetivos estavam tão acessíveis como nunca... Se soubesse que tudo acabaria assim, teria abraçado cada resquício de vontade que sobrava em mim.


Engraçado sentir falta do que nunca foi concreto e verdadeiro... aos olhos de quem observa, permaneço idêntica; só eu mesma percebo o vazio que está aqui dentro, só eu sei o quanto me incomoda não ter pra onde ir ou oq imaginar antes de dormir... Aos poucos, me despeço de alguém que não pude ser.


Ainda enxergo tudo com uma distância, até então, imutável. Assisto minha vida como um filme que não me interessa. Talvez não tenha mesmo o que fazer ou mudar. Talvez eu não faça parte do filme que inventaram pra mim...


Vamos lááá você ai que escreve essa história! me tira daqui enquanto há tempo!!! =\ mude o canal! Será que não rola um romancezinho ou até mesmo uma comédia simpática?!


Me sinto frustrada, pequena, "diluída e desiludida". O que mais me dói, é olhar para as pessoas que acreditaram no que eu sonhei um dia... O sentimento de gratidão à elas, distoa muito com oq eu pude oferecer na verdade. Eu sinto muito, de todo meu coração.


Meus motivos e apelos logo serão esquecido na imensidão de detalhes do tempo que passa tão, tão rápido. Quero que minhas palavras eternizem aqui tudo oq meu coração evita sentir, todas as intenções que eu engoli sem poder gritar bem alto. Queria chorar mesmo que seja através dos meus pensamentos... Hoje, prefiro a inquietude de planos infinitos à falta do que sentir e esperar.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Guarde um momento pra você

"Nesses dias tão nossos de indiferença e bom humor, sou paz. Minhas incertezas são tantas quanto os nossos sorrisos infindos, e só me resta querer que sigamos tropeçando nos bilhetes rasgados e olhares alheios até o entardecer. Ainda não tenho hoje, as respostas às perguntas de ontem."

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

"ainda tá doendo"

Eu estou tentando melhorar. Um pouco a cada dia, um dia de cada vez.
Esse fim de ano me promete muito. Joguei todos os meus planos e sonhos numa determinada data que... chegou, simplesmente. Não me sinto à altura de realizar nada do que julgaria poder. O tempo passou e eu não cresci, não percebi, não mudei como achava que aconteceria tão naturalmente. Eu sou a mesma pessoa de sempre e não queria ser... nada muda com o tempo. Quem inventou que ele é remédio pra tudo?! eu digo que não, não é!
Quando mais nova, eu imaginava como seria minha vida agora e como tudo se resolveria como mágica aos meus olhos... pensava que funcionava assim com tudo mundo. Será que a vida se resolve numa dada época, numa maturidade alcançada, em sonhos refeitos?!
Ainda mais nova, eu não percebia a fragilidade das pessoas que conviviam comigo; eu as admirava por acreditar que elas viviam em outro nível, bem, bem distante do que eu tinha mas que, hora ou outra, eu alcançaria... seria natural pra mim, assim como foi pra todas elas.
Não, não... o tempo realmente não faz milagres. Eu vivi e vi. Me sinto ainda tão frágil quanto antes, tão indecisa como nunca. Me perceber dessa forma, fez com que eu olhasse para todos com olhos compreensivos, como se pudesse dizer: "calma, eu sei como você se sente". Somos todos frágeis como crianças.
Tive a época de acreditar que meu pai era forte como um herói, sem clichês bobos.
Ele poderia resolver todos os problemas do mundo num único minuto, além de conseguir me ensinar todos os detalhes que me cercavam. Eu nunca tive medo de nada enquanto essa imagem permanecia em mim. Quando cresci um pouco, vi que ele tbm tem dúvidas, tbm tem problemas e que, por maior que seja seu amor por mim, nem sempre conseguirá me salvar. Por conseguir entendê-lo, depois de tanto questionar, minha admiração cresceu muito, muito. Ele ainda é um herói por conseguir me proteger tanto, até mesmo do que eu enxerguei sem querer.
Agora pouco, enquanto eu escrevia aqui, minha sobrinha caiu no corredor em frente ao meu quarto e se machucou um pouco. Corri até ela e a abracei forte, até que se acalmasse... e consegui! Estava tão assustada quanto ela, mas a fiz se sentir melhor. Lembrei de mim mesma em situações assim. É engraçado perceber que quando meus pais me diziam com firmeza "vc vai melhorar" ou "calma, não dói", não havia certeza alguma; certamente, eles estavam mais assustados do que eu.
Gabriela, minha sobrinha, voltou até mim, e disse "ainda tá doendo" e eu disse "calma, vai passar". Ela sorriu, como se realmente se sentisse melhor. =)

sábado, 1 de novembro de 2008

"... oq aconteceu, ainda está por vir."




Sempre fui apaixonada pela família da minha mãe. Sempre me senti bem ao lado de cada um deles. Cada detalhe que percebo me engrandece de forma que, talvez, só eu mesma sinta.

Minha tia Lú é uma das pessoas que eu mais amo no mundo todo. Uma das raras pessoas que eu escolheria para dividir a vida comigo... e eu sou estranha! não é todo mundo que me agrada na continuidade dos dias... A Tia Lú sim! Ela me conforta, me acolhe, me entende, me muda a cada encontro.

Lembro do dia que ela me deu uma tartaruga de brinquedo, tão delicada, e me disse que serviria para me lembrar, a cada dia, da minha vontade de ser veterinária. Nunca fui de recordar detalhes assim, de uma fala, de um tom de voz... Me peguei agora, deitada na cama, olhando para a tartaruga que insistia em acompanhar o movimento do vento que vinha do ventilador do meu quarto. Olhando pra ela, senti vontade de seguir o futuro que eu mesma inventei.

De uns dias pra cá, eu pensei muito! Cheguei numa época da minha vida que ninguém pode fazer mais nada por mim... sou eu que devo olhar por onde ir, escolher o lugar certo, viver meus próprios motivos. Puxa! Não me lembro de ter ficado tão confusa, nem de sentir tanto medo. É incrível perceber que cheguei onde julgava ser tão, tão longe.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Cacau e eu

... hoje eu fui até a casa da minha irmã e fiquei feliz pelo modo como conversamos. Eu sentia falta de percebe-la próxima a mim, de compartilhar sua presença tão bonita. Por mais que, aos olhos de qualquer outra pessoa nada de importante tenha acontecido naquele tempo em que ficamos juntas, para mim soou como sossego.

Quando fomos embora, eu olhei para trás e a vi entrando no prédio em que mora... e, ainda que eu olhasse uma mulher, enxerguei minha irmã do meio, um dos meus maiores exemplos, em quem eu sempre pensava quando me perguntavam o que eu queria ser de verdade. A Carolina sempre foi alguém diferente pra mim, desde o quanto ela estudava, até mesmo a forma que eu me sentia protegida ao seu lado. Olhando para ela, senti o cheiro da nossa casa e lembrei de quando dormíamos no mesmo quarto e almoçavamos juntas... eu senti saudade de alguém que, talvez, nem exista mais.

Queria voltar no tempo e curtir a sensação de ser pequena nos braços dela, de me sentir bem em troca de pura companhia.

...Ao mesmo tempo em que eu percebia todos esses detalhes, esquecia velhos desejos que até outra hora me moviam e desconcertavam... Minha mãe me pediu para "colocar os pés no chão". Eu me senti em terra firma ao olhar minha irmã, ainda que me coração voasse de saudade...