quarta-feira, 22 de outubro de 2008

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... não importa quem passe por mim, quem ofereça companhia e carinho, eu sempre irei pensar duas, três, quatro vezes antes de abrir meu coração outra vez, antes de deixar que me conheçam. Talvez esse seja o maior impasse que aprendi a trazer comigo: me escondo de tudo e todos, no entanto, sinto falta de um mundo que me acolha de verdade... enfim, a necessidade de falar, de conversar, de escrever sempre esteve presente em mim e, o que ainda me impressiona, é me ver escolhendo a dedo aquelas pessoas que estarão por perto. Só fica mesmo quem me ouve de coração, quem se interessa pelas minhas palavras e sentimentos... e não o faço por chatisse ou para criar qualquer barreira, mas sim por achar necessário, por acreditar que só vivemos para compartilhar a vida e que, acima de tudo, todos merecem atenção. Passei a perceber o quanto eu mudo diante de alguém que me estenda a mão, que se prontifique a me ouvir hora ou outra... é uma mudança incrível de tão bonita! Ao encontrarmos quem nos entenda e ainda assim goste de cada um de nós, nos abrimos para nós mesmos, nos conhecemos de forma absurda! Um das coisas que mais gosto na vida é isso: ter alguém para dividir o mundo comigo ou mesmo uma folha em branco e caneta azul... Ter o poder de nos expressar é o que há de mais incrível, acredite.

Ouvindo: Nhambuzim.

Um comentário:

Luciana Prado disse...

Sabe de uma coisa? Enquanto você se esconde atrás de seu medo de se abrir, você está privando as pessoas de conhecerem alguém muito, muito incrível! Você sabe que sou sua fã "de carteirinha", mas não é porque sou sua tia não! É porque você é realmente uma das melhores pessoas que conheci ao longo de meus 47 anos! Você acaba de dar o primeiro passo para se deixar conhecer... Fico muito feliz! Você tem muito a ensinar com sua sabedoria inata! Te amo!
Beijos da Tia Lu